Design de Marca e Identidade Visual: Informações Essenciais

Ao investir em criação de design de marca/ logomarca* é importante que as expectativas e estratégias para se beneficiar deste serviço sejam claras. Nesta página proporcionamos algumas perspectivas para ajudar a tomar decisões mais estruturadas e seguras. Abordaremos pontos-chave a considerar nas expectativas de resultado e na construção do design da sua marca e identidade visual.

*O termo logomarca designa, de forma comum, a representação gráfica de uma marca / o design da marca.

Ilustração decorativa de design de marca da Brandium

1. A Importância do Design de Marca em Diferentes Setores

O design de marca assume diferentes graus de criticidade a depender do setor de atuação e do contexto específico de cada negócio. Sua relevância está diretamente ligada a variáveis como o tipo de atividade econômica, o ambiente competitivo, o valor produzido, as restrições operacionais, o perfil dos públicos, as estratégias de diferenciação, o custo de aquisição de clientes, entre outros fatores.

Existem mercados e setores com dinâmicas de comunicação e competição bastante distintas, onde os requisitos mínimos para competir variam significativamente — tanto em qualidade quanto em quantidade. Essas diferenças impõem exigências diferentes à estratégia de design. Há setores que demandam alta velocidade e intensidade comunicacional, enquanto outros exigem menos volume, mas padrões visuais muito elevados, dada a natureza dos produtos ou serviços, os públicos envolvidos e o nível da concorrência.

Em certos segmentos, o digital é preponderante; em outros, o offline ainda exerce papel central; e há também aqueles em que ambos os ambientes são igualmente relevantes — o que exige um equilíbrio sensível entre canais online e físicos. Além disso, há setores em que a média de qualidade do design é baixa, o que torna mais simples destacar-se por meio de soluções mais cuidadosas. Em contrapartida, existem contextos em que o padrão visual já é tão elevado que, embora o design continue sendo fundamental, torna-se mais difícil gerar diferenciação expressiva — o que requer maior sofisticação e inteligência estratégica.

Por isso, definir se o design de marca será mais ou menos determinante para um determinado negócio exige uma leitura contextual e criteriosa. O que não muda, em nenhuma circunstância, é o fato de que a qualidade do design de uma marca sempre revela o nível de entendimento que seus gestores têm sobre o papel estratégico do design e o que consideram aceitável como expressão de competência.

2. Singularidade no Design: Evitando Modismos

As tendências e os modismos no design de marcas, sempre que ganham visibilidade e são amplamente reconhecidos como tal, tendem a se transformar em fórmulas padronizadas — especialmente quando são fáceis de aplicar ou replicar. Popularizam-se rapidamente, como ondas que vêm e vão num piscar de olhos.

Frequentemente, esses modismos ganham força a partir de novas funcionalidades em softwares de design gráfico, que simplificam a aplicação de efeitos visuais que antes exigiam mais tempo, técnica ou esforço manual. Isso torna ainda mais tentador, para algumas marcas, alinhar-se à “tendência do momento” — acreditando que assim estarão atualizadas ou relevantes.

O problema é que tendências são, por natureza, efêmeras. E, quando adotadas sem critério, costumam resultar em marcas preguiçosas, datadas e facilmente confundíveis.

3. Marca como Ferramenta Estratégica de Longo Prazo

A representação gráfica de uma marca compete por eficiência e eficácia em todos os processos de comunicação e pontos de contato. O design de marca enquanto processo de criação tem como objetivo entregar uma marca configurada para poder competir em qualquer “terreno”, sob quaisquer condições ou limitações que a atuação e especificidade da marca requeira. 

Eficiência se atinge quando se representa:

  • Com alinhamento estratégico;
  • De forma única, sem “modismos”;
  • De forma relevante para o seu público;
  • Com diferenciação da concorrência;
  • Oferecendo flexibilidade na sua aplicação;
  • A cores ou simplesmente a preto e branco;
  • etc.

E a eficácia se atinge quando há capacidade para performar:

  • Sozinha, isoladamente;
  • Sem precisar “maquilhagem”;
  • Sem precisar de “acessórios”;
  • Claramente se destacando das demais;
  • Etc.

Para a esmagadora maioria da empresas a MARCA é a peça de “design” que é mais exibida, transmitida, duradoura e reconhecível.

Logo da marca da franquia Boali.
Símbolo da marca Caminato Bueno Advogados, São Paulo, Brasil. Símbolo que representa o sinal "+" (mais) pela "união" de elementos geométricos ortogonais em distintos tons de azul.
Marca la Guapa criada pela Brandium
Logo da marca Printástico
Logo da marca Sensedia
Logo da marca Leitíssimo
Logo da marca Abiplast | Brandium
Logo da marca Smartia (cotação de seguros online)
Conheça o portfólio de Design de Marcas da Brandium

4. A Ausência de Bom Design é Prejudicial?

Na maioria das vezes, a falta de qualidade é prejudicial e, no restante, simplesmente não ajuda.

Adquirir clientes é uma tarefa complexa e cara. As pessoas, hoje em dia, têm menos paciência e tempo disponível do que há 10 anos, tomando a decisão de se engajar com uma comunicação ou oferta em poucos segundos. Marcas que apresentam alta qualidade em sua representação gráfica conseguem transmitir uma sensação de segurança mais sólida.

Todos nós buscamos maximizar os benefícios, a expectativa de receber valor, e reduzir os riscos, a possibilidade de perder valor e tempo. A falta de qualidade não contribui para reduzir a percepção de risco, nem para aumentar a percepção de benefícios. Muito pelo contrário.

5. Elementos Essenciais para um Design de Marca Eficaz

O Design de Marca trata da representação gráfica meio de um conjunto de requisitos técnicos e estratégicos. Os quais, quando bem configurados e utilizados em prol da estratégia de marca, e de posicionamento, podem ampliar em muito a eficiência e eficácia. 

Requisitos Funcionais

  • Funcionar a cores e a preto e branco (eficiência na discriminação de formas);
  •  Ter bom Contraste;
  • Ter boa Legibilidade;
  • Ter boa Redução/Ampliação (versatilidade);
  • Ter boa Reprodutibilidade (permite usar vários meios de impressão/ gravação);
  • Ser Phigital (funcionar bem no online e no offline);
  • Ser Responsiva;
  • Ser Memorável;
  • Poder ser Atemporal;
  • Etc.

Requisitos Estratégicos

  • Alinhamento com os valores da marca e uma maneira única de ser, estar e proporcionar valor;
  • Ser única, evitando modismos e clichês;
  • Demonstrar competência de forma clara;
  • Proporcionar diferenciação em relação à concorrência;
  • Ser relevante para o público-alvo;
  • Poder ser protegida no INPI com exclusividade, tanto no conjunto de seus elementos quanto na individualidade de cada um. 

6. A Importância da Versão Preto e Branco no Design de Marca

A versão em preto e branco de uma marca é mais do que uma exigência prática — ela é um indicador qualitativo do design. Trata-se de uma representação que evidencia a eficácia dos elementos visuais sem depender do uso de cor. É, portanto, um teste de integridade formal.

A capacidade de diferenciação entre marcas e símbolos depende, em grande parte, da forma — ainda que outros fatores como cor, textura, escala e contraste também exerçam influência. Formas claras, singulares e bem definidas são fundamentais para que uma marca seja prontamente reconhecida, lembrada e legalmente protegida. Não por acaso, as marcas mais icônicas — sejam compostas por símbolo e logotipo ou apenas pelo logotipo — funcionam excepcionalmente bem em suas versões monocromáticas.

A aptidão para distinguir a silhueta de um gato da de um cachorro, por exemplo, é resultado do que se conhece na psicologia cognitiva e na neurociência como discriminação de formas ou discriminação visual — um processo fundamental para a forma como interpretamos e reconhecemos objetos no ambiente.

No campo do design de marcas, essa habilidade se relaciona à chamada percepção de contorno (ou integração de contorno), que descreve como o sistema visual humano detecta, processa e organiza as bordas dos elementos visuais para formar uma percepção coerente. Compreender esse mecanismo é essencial para criar soluções visuais que se destaquem pela harmonia, precisão e força estrutural de suas formas.

Manter a legibilidade, a distinção e a potência gráfica de uma marca mesmo em preto e branco é, por si só, um testemunho da solidez e da inteligência do seu design.

Por fim, vale uma distinção conceitual importante: eficiência, nesse contexto, é a capacidade de representar formas de maneira correta e precisa; eficácia é a capacidade de permitir que essas formas sejam reconhecidas com rapidez e baixo esforço cognitivo. Ambas são fundamentais para que uma marca cumpra seu papel nos diferentes pontos de contato onde é aplicada.

7. Distinções entre Identidade Visual e Design de Marca

O design de marca e a identidade visual são disciplinas interconectadas, mas distintas, cada uma desempenhando um papel crucial no branding. Enquanto o design de marca foca na criação de um símbolo ou logotipo único e reconhecível, que representa a essência da marca, a identidade visual abrange um conjunto mais amplo de elementos gráficos que fortalecem e complementam essa representação.

O design de identidade visual amplia o conceito de identidade de marca para além da sua simples representação gráfica. Ele estuda e propõe a inter-relação entre diferentes recursos — como paleta de cores, tipografia e fotografia — com o objetivo de criar um conjunto visual coeso e harmonioso. Essa abordagem busca atender a um conjunto relativamente previsível de necessidades de comunicação, promovendo a marca de forma consistente em diferentes plataformas.

Além disso, a identidade visual oferece flexibilidade e versatilidade, tornando-se uma ferramenta poderosa para a marca. Ela permite que a empresa responda de maneira mais eficaz a uma variedade de demandas — desde as mais recorrentes até as mais inesperadas.

Por exemplo, se uma marca precisa se ajustar a mudanças nas tendências de design, uma identidade visual bem projetada permite que ela se adapte sem perder sua essência. Da mesma forma, se o mercado ou o público-alvo se expandem ou mudam, a identidade visual pode ser suficientemente flexível para acompanhar essas novas exigências. A identidade visual atua, assim, como um elo unificador que conecta todas as manifestações da marca, reforçando sua personalidade e seu posicionamento no mercado.

A comunicação visual é orientada tanto pelos recursos utilizados — como logotipo, cores, padrões, linguagem fotográfica e fontes — quanto pelas regras de sua aplicação. Essas diretrizes, documentadas em um manual de identidade visual, orientam o uso correto dos elementos da marca, garantindo consistência e favorecendo o reconhecimento em todas as formas de comunicação.

8. Manual de identidade: clareza que economiza tempo e reduz ruído

A identidade visual é parametrizada tanto pelos recursos utilizados — como logotipo, versões da marca, cores, fontes, fotografia e padrões — quanto pelas regras que orientam sua aplicação. Esses recursos e diretrizes, documentados em um manual de identidade visual, definem como os elementos da marca devem ser utilizados, garantindo consistência e reconhecibilidade em todas as formas de comunicação.

Exemplos de Recursos

  • Versões da Marca;
  • Tipografia (fontes)
  • Paletas de cores;
  • Estilo(s) de Fotografia;
  • Estilo de Ilustrações;
  • Elementos gráficos de apoio
    – Padrões
    – Iconografia (se for relevante)
    – Etc

Exemplos de Regras de aplicação

  • Margens de segurança (Logomarca)
  • Reduções mínimas (Logomarca)
  • Uso de cor (primário/ secundário)
  • Relações entre títulos, subtítulos, corpo de texto
  • Orientações para escolha de imagens/ conteúdos (alinhadas à estratégia da marca)
  • Relações entre imagens e textos
  • Uso do espaço (mais ou menos enfase, quando e onde)
  • Etc.

Além de assegurar a consistência e a reconhecibilidade da marca, o manual de identidade visual desempenha um papel estratégico na eficiência do processo criativo. Ao documentar os recursos e as regras de uso, ele evita retrabalhos, desalinhamentos e decisões visuais equivocadas — reduzindo o desgaste operacional e contribuindo para uma produção de design mais eficaz e assertiva.

Mas seu impacto vai além da organização técnica. Quando uma identidade visual é bem estruturada — e suportada por um manual claro e funcional — ela oferece a qualquer equipe criativa, interna ou externa, um conjunto de recursos de qualidade, já testados e organizados para operar em conjunto.

Como o design, em sua essência, serve à comunicação, e como toda peça visual parte de uma intenção de transmitir uma ou mais mensagens, um bom manual de identidade visual proporciona um ponto de partida elevado para essa tarefa. Ele entrega os ingredientes — elementos gráficos, estilos visuais, recursos expressivos — já preparados para que a comunicação seja construída com clareza, coerência e velocidade.

Mesmo que a equipe responsável pela execução não seja composta pelos melhores designers disponíveis, o sistema visual bem documentado já estabelece, por construção, um padrão de qualidade alto e um alinhamento consistente, o que reduz drasticamente o risco de desvios, improvisos ou materiais desalinhados com a marca.

Assim, o manual deixa de ser apenas um conjunto de regras sobre o uso da marca, e passa a funcionar como uma plataforma criativa estruturada, que direciona, facilita e acelera a produção de peças de comunicação visual. Com diretrizes claras e bem organizadas, o tempo de criação é otimizado, os recursos são melhor utilizados, e a comunicação da marca se torna mais fluida, previsível e eficiente.

9. Do Diagnóstico à Direção: como estruturar decisões estratégicas em projetos de design

Projetos de design bem-sucedidos não começam com soluções visuais — começam com clareza de direção. Definir um plano de ação consistente com a estratégia do negócio e com o contexto do cliente é o primeiro passo para garantir que o processo de design produza resultados claros, mensuráveis e eficazes. Isso reduz subjetividades, evita desalinhamentos e minimiza perdas de tempo e energia no relacionamento entre cliente e equipe.

Uma maneira eficaz de construir esse plano é por meio de uma fase de exploração estratégica (Design Discovery). Essa etapa preliminar no desenvolvimento da marca tem como principal objetivo reduzir incertezas, clarificar o problema a ser resolvido e reunir os insumos necessários para orientar o processo de criação com mais segurança e foco.

Durante essa fase, exploram-se diferentes abordagens criativas de forma ágil e contextualizada — testando hipóteses, identificando oportunidades, mapeando riscos e avaliando os possíveis caminhos com base em evidências. Primeiro, a equipe explora o problema em profundidade. Depois, define com clareza qual problema precisa ser resolvido e qual direção faz mais sentido seguir.

Como não existe uma única solução correta para um desafio de design, essa etapa permite tangibilizar caminhos possíveis e entender quais alternativas têm maior potencial para melhor atender às necessidades estratégicas do projeto. Com isso, é possível tomar decisões mais informadas e desenvolver soluções de forma mais estruturada, econômica e eficaz.

Com a direção definida, é fundamental tratar o design da marca e a identidade visual como etapas distintas, ainda que interdependentes. A logomarca deve ser avaliada e validada por seus próprios méritos — isto é, observada isoladamente, em uma página em branco, sem frases, imagens ou contexto auxiliar. Ela precisa ter força, atrair o olhar, transmitir competência e expressar, por si só, inteligência de design. Se não for capaz de sustentar essa presença mínima de forma autônoma, há, provavelmente, uma fragilidade estrutural ou conceitual em jogo.

Não há problema em optar por uma logomarca simples — ou mesmo visualmente discreta — e transferir o impacto, o apelo emocional e a expressividade para os recursos da identidade visual. O essencial é que essa escolha seja estratégica, consciente e adequada ao contexto do cliente. Soluções que impressionam no papel podem não funcionar na prática — e, se não funcionam no uso real, não cumprem sua função.

A maioria das pessoas reconhece e memoriza marcas — mas nem sempre identifica suas paletas de cores, estilos fotográficos ou tipografias. Para a maior parte das empresas, a marca é a peça de design mais exposta, mais lembrada e mais duradoura. É por meio dela que o reconhecimento e a memória se constroem.

10. Design de marca é uma forma de inteligência estratégica de longo prazo

Construir uma marca é, antes de tudo, organizar significado, dar forma a uma intenção e estruturar os elementos visuais que sustentam o posicionamento de uma empresa ao longo do tempo.

Na Brandium, o design de marca começa com contexto, estratégia e entendimento. Em seguida, ele se concretiza em sistemas visuais que ajudam a empresa a se expressar com clareza, coerência e consistência — mesmo diante de mudanças frequentes, múltiplos pontos de contato e necessidades diversas de comunicação.

Por isso, não tratamos a marca como fetiche. Tampouco como promessa de solução mágica. Para nós, marca é instrumento. Deve ser pensada com critério, construída com inteligência e usada com precisão.

Afinal, uma marca bem construída não precisa resolver tudo — mas uma marca mal construída pode comprometer quase tudo.

11. Quanto custa criar uma marca?

A resposta depende do que se espera dela. Uma marca eficaz, diferenciada e duradoura não nasce de soluções prontas — mas da dedicação de pessoas experientes pensando com profundidade sobre o que está em jogo.

O custo de um projeto está diretamente ligado à ambição do resultado. Quanto maior a complexidade, maior a inteligência necessária para resolvê-la com clareza, consistência e propósito.

Por isso, antes de falar em valores, preferimos falar em valor. E esse valor começa com uma conversa séria — sobre tudo o que a marca, mais do que um símbolo, precisa representar, sustentar e provocar.